terça-feira, novembro 27, 2001

 
Como é dificil aceitar as coisas. Não parece real, é como se fosse acordar no dia seguinte e tudo voltar ao normal.

Mas como diz o Luis, não é assim e eu sei disso, mas não aceito. Ele me diz para aceitar que as coisas ficam mais faceis e o estress é bem menor.

As vezes sinto uma vontade tão grande de chorar, encostar num canto e só sair de lá quando não houver mais problemas.

No sabado minha mãe se meteu na conversa entre Bia, Fernanda e eu (pra variar isto não é novidade) e ainda disse que eu tinha nascido em um endereço aqui em Santos. Oras eu nasci em São Paulo, e este endereço é o mesmo de quando eles vieram da Alemanha para cá, nem é o lugar que o meu tio nasceu, que foi bem depois disso. E pra encurtar conversa ainda disse que um moleque o filho da baba do meu filho que hoje deve ter uns 19 a 20 anos já é vovo, e que teve uma filha que teve filhos tambem. Ainda tentei consertar, do tipo "Mãe como é que alguem com 20 anos pode ser avo?" e ela respondeu: "Pode sim, pois ele já é!"

Isto me irritou bastante, pois como não aceito o fato da doença, sempre acho que ela está me afrontando. Até aí normal.

Pior foi domingo, estou aqui sentadinha internetando no Fulano e ela lendo jornal do meu lado. Quando de repente, não mais que de repente, ela começa a falar comigo em alemão, e eu em portugues "o que? o que? voce está falando?" e ela continua em alemão ainda, faço um esforço e entendo o que ela fala, "voce quer que eu ascenda a luz?" e eu respondo em portugues, "pode, assim voce continua aler o seu jornal". Voces podem acreditar ela nem percebeu que estava falando alemão e assim continuou como se nada tivesse acontecido.

O que acontece na cabeça da gente, acho que nem Freud explica isto. Mas isto faz com que a cada vez que isto acontece que a doença está ficando mais séria, e que os momentos lucidos estão se tornando mais raros.

Chega!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, novembro 22, 2001

 
Estou com uma vontade de cantar, cantar muito, bem alto.
Soltar a voz (?) e descarregar esta coisa dentro de mim que não sei o que é.

e Comer muitos, mas muitos doces. Como engorda, já comi dois pessegos, meia manda (roubada do prato do meu filho), um copo de coca-cola na minha frente.

Ai ai, acho que vou passar mal mais tarde!

Estou ansiosa, parece que vai acontecer alguma coisa grande, e não sei o que poderia ser. tambem não sei que é bom ou ruim.
Rita me mandou rezar para uma Nossa Senhora Desatadora de Nós, disse que tem uma imagem dela em Franca. Disse que tem um colar cheio de nós e nas mãos um nó sendo desatado. Nunca ouvi falar, mas o que vale é a fé, então vai uma intenção. Quem sabe ajuda.

E hoje me dei conta de como o Natal está perto. Queria ganhar um dindin extra pra comprar o carro pra Bia, mesmo que fosse um usadinho sem vergonha, mas seria só dela. Eu sei como é horrível ficar pedindo.
Mas quem esta Santa Milagreira da Rita destrava algum nó e dá certo.

segunda-feira, novembro 19, 2001

 
Instalei o Opera!!!!!!!
Ele abre o blogger para Post menor que estas tres palavras que escrevi atrás. Precisa usar muita, mas muita barra de rolagem.
Não adianta, loira é sempre um problema, e nem sei como resolver isto.

Buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

segunda-feira, novembro 12, 2001

 
O que será o nada ?
Apenas um vazio imenso?
Queria tanto saber...
Mas, se não sei o que é o nada,
concluo que então nada sei.

Simplesmente divagando ..............

sexta-feira, novembro 09, 2001

 
Texto que nos leva a pensar nos atos mais corriqueiros de nossa vida.
Vale a pena ler!

O CORREDOR DA MORTE

Sabemos tão pouco a respeito da vida...
passamos os dias correndo atrás de nada, para esgotar todos os nossos minutos e não precisar ouvir os lamentos do nosso coração.
Sonhamos com a eterna juventude e não percebemos que nossa Alma envelhece um pouco a cada dia, à espera
de um motivo que justifique a nossa presença nesse intrincado e maravilhoso Universo.
Estamos condenados à viver...
Vivemos como se estivéssemos presos a um "corredor da morte", à espera do carrasco que anunciará, finalmente, o nosso último dia.
Criamos uma rotina - baseada em regras e modelos inventados por pessoas que nunca olharam em nossos
olhos ou pararam para ouvir um pouco da nossa história, ou de nossos medos - para não enlouquecermos de tédio.
Inventamos sonhos pequenos e quase sem poesia; para conferir um significado a este instante longo entre a
chegada e a execução.
Distraímos nosso coração enfeitando a cela e chamando-a de lar; inventamos histórias de amor, para
não nos desesperarmos com a angustiante espera.
Chamamos nosso carrasco de "Anjo da Morte" e o juiz, de Deus.
Aceitamos a nossa pena porque não ousamos questionar o "respeitável tribunal"; ansiamos pela prorrogação da sentença, mas não ousamos sonhar com a absolvição.
Somos seres conformados, delicados demais para gritar por justiça, ou por felicidade, aliás, a nossa polidez e
insegurança talvez sejam os maiores aliados de nossos algozes.
Temos vergonha de chutar as grades; tentar arrancar as algemas à força; gritar mais alto que o carcereiro;
rejeitar a comida que odiamos...
Somos seres dóceis, que se adaptam com muita facilidade à dor, à punição, à espera interminável, à infelicidade mansa e silenciosa (se ela for barulhenta e nos denunciar, damos um jeito de calar seus gritos), à humilhação,
às limitações impostas e às mentiras inventadas por nós mesmos, para disfarçar tudo isso.
Não nos acreditamos feitos para os jardins, preferimos os quartos seguros, com paredes grossas e grades nas janelas.
Não ousamos almejar um mundo sem cercas, pois nossa meta é uma corrente mais longa e uma coleira menos apertada.
Não nos permitimos a poesia, optamos por respostas "coerentes" e enquadradas na lógica dos pequenos arquitetos deste universo.
Sentimos muito pouco e aprendemos, desde cedo, a não manifestar nossos sentimentos, para que o mundo não
perceba nossa humanidade.
Queremos possuir coisas, ainda que saibamos que tudo ficará "guardado" em "lugar seguro" pelo carcereiro para,
posteriormente ser entregue aos nossos familiares; essa certeza nos conforta e nos dá mais coragem para
caminharmos em direção à dose letal.
Fingimos, o tempo todo, que tudo será para sempre e que, no último instante, o veneno perderá seu efeito e,
milagrosamente, venceremos a morte, sairemos vitoriosos.. como se morrer, não fosse uma maneira de vencer a vida; só nos esquecemos de que viver em plenitude e com alegria, é a única maneira de vencer a morte.

Míriam Morata Novaes

sexta-feira, novembro 02, 2001

 
Foi neste momento mesmo!

Fazem 27 anos atrás, começava uma vida a dois.
As vezes fico pensando como pode se viver tanto tempo juntos. Por isso eu acredito que o amor não acaba. Se ele acaba é porque não é o amor verdadeiro, aquela alma gemea que procuramos sempre.

Tanta gente que casa e depois separa, e fala com a boca cheia que viveu dez anos com alguem, outros dizem que viver uns dois anos ja basta.

Não tenho mais lembranças, ou melhor são poucas, de coisas que não fizemos juntos.

E em fevereiro 25 anos, Bodas de Prata, nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Tenho muito orgulho deste casamento que já enfrentou de tudo.

Mas não estou muito inspirada hoje pra escrever, só queria deixar registrado aqui esta data.

E detalhe, fui eu que pedi ele em namoro......

quinta-feira, novembro 01, 2001

 
Não vejo a hora do dia acabar, vai ser um longo dia. E o pior é que as coisas que precisam ser feitas dependem de outros.

Estou num stress só, nervos a flor da pele. Quero largar tudo isso um pouco, nem que seja por uns dias pra refrescar a cabeça, mas não me é permitido.

Vamos encarar então ...........

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